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O curso de Psicologia da Doctum Teófilo Otoni realizou mais uma edição do VIII Fórum de Diversidades. O evento, realizado anualmente no 2º semestre letivo, foi organizado pela coordenadora do curso, Kely Prata, e trouxe o tema “da nudez ao nudes: (des) pudores da sociedade contemporânea” com o objetivo de ampliar o posicionamento crítico acerca das questões que envolvem a população LGBTQI e às mulheres.
Neste ano, o evento aconteceu nos dias 23 e 24 de outubro. A temática foi inspirada pelos fenômenos urbanos ligados ao abuso e à violência contra mulheres nos transportes coletivos, aos assassinatos de pessoas trans (Caso Dandara de repercussão internacional) e as reações à arte contemporânea no Espaço Santander em Curitiba, no MAM em São Paulo e no Rio de Janeiro, e no Palácio das Artes em Belo Horizonte. “Estes acontecimentos denotam as contradições ainda presentes em nossa sociedade quando a questão envolve corpo, gênero e sexualidade” – salientou Kely.
Embora seja inegável que as discussões sobre a temática diversidade sexual e de gênero têm fomentado avanços no campo dos direitos humanos e das políticas públicas dirigidas à população LGBTQI e às mulheres, ainda é incipiente no sentido de promover a mudança de atitudes em relação ao sexismo, à misoginia e à heteronormatividade. É imprescindível estimular o debate e a reflexão crítica sobre os modos de compreender e atuar junto à população LGBTQI e às mulheres em situações de violência, e no enfrentamento da homofobia e da misogenia presentes na sociedade contemporânea.
Com o objetivo de esclarecer mais uma vez os termos gênero e diversidade sexual, tivemos a Mesa Redonda “Vestindo o básico: conceituando gênero e diversidade sexual”. Yan de Jesus Lopes, discente da Psicologia e integrante do Núcleo de Estudos Direitos, Ética e Sexualidades – NUDES desta faculdade, apresentou o Nudes e sua proposta de estudo e pesquisa sobre questões que envolvem corpo, gênero e diversidade sexual. Rodrigo Broilo, discente de Psicologia da FUMEC-BH e membro da Comissão de Psicologia Gênero e Diversidade Sexual do CRP-MG, comentou que “gênero e diversidade são dimensões da existência humana que são vivenciadas ou apropriadas pelos sujeitos de distintas formas, sendo que a forma cis-heteronormativa de vivência do gênero e da sexualidade é socialmente mais aceita. O conhecimento por parte da Psicologia, seus profissionais e estudantes, dessas múltiplas possibilidades implica na melhor aceitação da pessoa tal como ela se apresenta sem impor novos sofrimentos que o preconceito e a violência culturalmente já impõe”. E Juliana Lemes, assistente social, coordenadora do projeto itinerante “a realidade que a gente quer não tem violência contra a mulher” pela Associação Feminina de Assistência Social e Cultura – AFAS-BH e integrante do Grupo de Mulheres Organizadas do Mucuri – GMOM, apresentou o panorama da violência contra as mulheres no Vale do Mucuri e indicou a tipologia desta tipo de violência, dizendo “historicamente as mulheres sofreram e ainda sofrem a discriminação pela ideia de se constituem como “sexo frágil”, mas a verdade é que as mulheres trabalham, cuidam de seus filhos e de suas casas e precisam do reconhecimento e da valorização social para que deixem de se submeter às violências”.
A palestra “Disforia de gênero: compreendendo a transexualidade”, proferida pelo Prof. Luis Antônio Ribeiro, médico psiquiatra e docente no curso de Medicina da UFVJM/FAMMUC explicou o fato da transexualidade ainda fazer parte da Classificação Internacional de Doenças, a transição do termo Transtorno de Identidade Sexual, presente no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-IV, para o termo Disforia de Gênero, no DSM-V. Enfatizou que “o adoecimento mental das pessoas transexuais e transgêneras está mais ligado ao preconceito e discriminação social que estas pessoas sofrem do que a condição de gênero que enfrentam”.
Na Mesa Redonda “Da nudez ao nudes: (des) pudores da sociedade contemporânea”, a profa. Dayane Costa de Souza Pena, psicóloga e docente na FUTO e no Instituto de Filosofia Espírito e Vida – IFEV discorreu sobre as dificuldades das pessoas, de modo geral, para lidar com a nudez humana, vista com pudor, horror e fascínio. O Prof. Marco Antonio Poubel Ministério Filho, filósofo e artista plástico, docente na FUTO e no Instituto de Filosofia Espírito e Vida – IFEV, falou sobre a estética da nudez na arte e no modo como a nudez esteve e está presente nas produções artísticas na história da humanidade, indagando sobre as controversas reações populares às exposições de arte que envolvem nudez e diversidade sexual.
Na Mesa Redonda “Sexualidades sob a perspectiva religiosa”, o Prof. Luciano Campos Lavall, filósofo, teólogo, diretor do Instituto de Filosofia Espírito e Vida – IFEV e docente na FUTO discorreu sobre a perspectiva do Catolicismo acerca da questão de gênero e diversidade sexual, apontando as transformações ocorridas nas orientações para acolhimento da população LGBTQI pela Igreja e para fortalecimento das mulheres para além da submissão matrimonial. Mateus Mattos Lopes, psicólogo clínico, apresentou a perspectiva da Doutrina Espírita sobre a diversidade sexual, atentando para o papel e o significado desta diversidade na vida das pessoas, de suas famílias e nas comunidades das quais participam. Igor Neves Passos, estudante de Filosofia e seminarista no Instituto de Filosofia Espírito e Vida – IFEV, mediador da mesa, destacou a necessidade do desenvolvimento de uma cultura inclusiva e amorosa em todas as expressões religiosas, que possam favorecem a alteridade e a promoção da dignidade humana.
Kely Prata, organizadora do evento e coordenadora do Curso de Psicologia da Doctum de Teófilo Otoni, ressaltou a relevância do evento. “Nestes cinco anos, pude observar algumas transformações nos modos de pensar as questões sobre gênero e diversidade junto aos estudantes de Psicologia, o que reforça a perspectiva de continuar realizando o Fórum Diversidades, que neste ano também teve como público os estudantes do curso de Pedagogia. O objetivo é ampliar cada vez mais as discussões para a comunidade acadêmica a fim de que os profissionais formados na Doctum sejam capazes de lidar com estas questões e auxiliar seus clientes a transformarem suas vidas, assim como a faculdade, por meio da educação, vem transformando a deles”.
O curso de Psicologia da Doctum Teófilo Otoni realizou mais uma edição do VIII Fórum de Diversidades. O evento, realizado anualmente no 2º semestre letivo, foi organizado pela coordenadora do curso, Kely Prata, e trouxe o tema “da nudez ao nudes: (des) pudores da sociedade contemporânea” com o objetivo de ampliar o posicionamento crítico acerca das questões que envolvem a população LGBTQI e às mulheres.
Neste ano, o evento aconteceu nos dias 23 e 24 de outubro. A temática foi inspirada pelos fenômenos urbanos ligados ao abuso e à violência contra mulheres nos transportes coletivos, aos assassinatos de pessoas trans (Caso Dandara de repercussão internacional) e as reações à arte contemporânea no Espaço Santander em Curitiba, no MAM em São Paulo e no Rio de Janeiro, e no Palácio das Artes em Belo Horizonte. “Estes acontecimentos denotam as contradições ainda presentes em nossa sociedade quando a questão envolve corpo, gênero e sexualidade” – salientou Kely.
Embora seja inegável que as discussões sobre a temática diversidade sexual e de gênero têm fomentado avanços no campo dos direitos humanos e das políticas públicas dirigidas à população LGBTQI e às mulheres, ainda é incipiente no sentido de promover a mudança de atitudes em relação ao sexismo, à misoginia e à heteronormatividade. É imprescindível estimular o debate e a reflexão crítica sobre os modos de compreender e atuar junto à população LGBTQI e às mulheres em situações de violência, e no enfrentamento da homofobia e da misogenia presentes na sociedade contemporânea.
Com o objetivo de esclarecer mais uma vez os termos gênero e diversidade sexual, tivemos a Mesa Redonda “Vestindo o básico: conceituando gênero e diversidade sexual”. Yan de Jesus Lopes, discente da Psicologia e integrante do Núcleo de Estudos Direitos, Ética e Sexualidades – NUDES desta faculdade, apresentou o Nudes e sua proposta de estudo e pesquisa sobre questões que envolvem corpo, gênero e diversidade sexual. Rodrigo Broilo, discente de Psicologia da FUMEC-BH e membro da Comissão de Psicologia Gênero e Diversidade Sexual do CRP-MG, comentou que “gênero e diversidade são dimensões da existência humana que são vivenciadas ou apropriadas pelos sujeitos de distintas formas, sendo que a forma cis-heteronormativa de vivência do gênero e da sexualidade é socialmente mais aceita. O conhecimento por parte da Psicologia, seus profissionais e estudantes, dessas múltiplas possibilidades implica na melhor aceitação da pessoa tal como ela se apresenta sem impor novos sofrimentos que o preconceito e a violência culturalmente já impõe”. E Juliana Lemes, assistente social, coordenadora do projeto itinerante “a realidade que a gente quer não tem violência contra a mulher” pela Associação Feminina de Assistência Social e Cultura – AFAS-BH e integrante do Grupo de Mulheres Organizadas do Mucuri – GMOM, apresentou o panorama da violência contra as mulheres no Vale do Mucuri e indicou a tipologia desta tipo de violência, dizendo “historicamente as mulheres sofreram e ainda sofrem a discriminação pela ideia de se constituem como “sexo frágil”, mas a verdade é que as mulheres trabalham, cuidam de seus filhos e de suas casas e precisam do reconhecimento e da valorização social para que deixem de se submeter às violências”.
A palestra “Disforia de gênero: compreendendo a transexualidade”, proferida pelo Prof. Luis Antônio Ribeiro, médico psiquiatra e docente no curso de Medicina da UFVJM/FAMMUC explicou o fato da transexualidade ainda fazer parte da Classificação Internacional de Doenças, a transição do termo Transtorno de Identidade Sexual, presente no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-IV, para o termo Disforia de Gênero, no DSM-V. Enfatizou que “o adoecimento mental das pessoas transexuais e transgêneras está mais ligado ao preconceito e discriminação social que estas pessoas sofrem do que a condição de gênero que enfrentam”.
Na Mesa Redonda “Da nudez ao nudes: (des) pudores da sociedade contemporânea”, a profa. Dayane Costa de Souza Pena, psicóloga e docente na FUTO e no Instituto de Filosofia Espírito e Vida – IFEV discorreu sobre as dificuldades das pessoas, de modo geral, para lidar com a nudez humana, vista com pudor, horror e fascínio. O Prof. Marco Antonio Poubel Ministério Filho, filósofo e artista plástico, docente na FUTO e no Instituto de Filosofia Espírito e Vida – IFEV, falou sobre a estética da nudez na arte e no modo como a nudez esteve e está presente nas produções artísticas na história da humanidade, indagando sobre as controversas reações populares às exposições de arte que envolvem nudez e diversidade sexual.
Na Mesa Redonda “Sexualidades sob a perspectiva religiosa”, o Prof. Luciano Campos Lavall, filósofo, teólogo, diretor do Instituto de Filosofia Espírito e Vida – IFEV e docente na FUTO discorreu sobre a perspectiva do Catolicismo acerca da questão de gênero e diversidade sexual, apontando as transformações ocorridas nas orientações para acolhimento da população LGBTQI pela Igreja e para fortalecimento das mulheres para além da submissão matrimonial. Mateus Mattos Lopes, psicólogo clínico, apresentou a perspectiva da Doutrina Espírita sobre a diversidade sexual, atentando para o papel e o significado desta diversidade na vida das pessoas, de suas famílias e nas comunidades das quais participam. Igor Neves Passos, estudante de Filosofia e seminarista no Instituto de Filosofia Espírito e Vida – IFEV, mediador da mesa, destacou a necessidade do desenvolvimento de uma cultura inclusiva e amorosa em todas as expressões religiosas, que possam favorecem a alteridade e a promoção da dignidade humana.
Kely Prata, organizadora do evento e coordenadora do Curso de Psicologia da Doctum de Teófilo Otoni, ressaltou a relevância do evento. “Nestes cinco anos, pude observar algumas transformações nos modos de pensar as questões sobre gênero e diversidade junto aos estudantes de Psicologia, o que reforça a perspectiva de continuar realizando o Fórum Diversidades, que neste ano também teve como público os estudantes do curso de Pedagogia. O objetivo é ampliar cada vez mais as discussões para a comunidade acadêmica a fim de que os profissionais formados na Doctum sejam capazes de lidar com estas questões e auxiliar seus clientes a transformarem suas vidas, assim como a faculdade, por meio da educação, vem transformando a deles”.